A crise na oposição baiana só faz crescer, e o epicentro dela tem nome e sobrenome: ACM Neto. As críticas agora não partem apenas de adversários, mas também de dentro do próprio grupo político que o ex-prefeito diz liderar. O empresário Luís Eduardo Magalhães Neto, primo de ACM Neto, foi direto ao dizer que o ex-prefeito sequer oferece o básico: uma ligação.
A fala contundente de Luís Eduardo escancara a falta de articulação política, de diálogo e de compromisso de ACM Neto com seus próprios aliados. Segundo ele, o que se vê é um grupo desorganizado, sem comando, sem liderança e completamente perdido após a derrota nas últimas eleições. Neto, que sempre se apresentou como herdeiro do legado de Antônio Carlos Magalhães, hoje envergonha a própria história da família.
O deputado estadual Paulo Câmara, aliado histórico de ACM Neto, também engrossou o coro das críticas. “Isso é da natureza dele. A gente participa, ajuda, faz campanha e depois nem uma ligação recebe. É uma queixa recorrente no meio político”, disparou o parlamentar, evidenciando o isolamento do ex-prefeito.
O resultado dessa falta de habilidade política e de empatia com seus próprios aliados está nas sucessivas debandadas. Prefeitos, vereadores e lideranças regionais estão fugindo em massa da oposição, migrando para o grupo governista liderado por Jerônimo Rodrigues, que, diferentemente de Neto, tem demonstrado habilidade, diálogo e compromisso com a Bahia.
Se antes ACM Neto se vendia como um grande articulador, hoje é visto como alguém que não sabe ouvir, não sabe conversar e, pior, não sabe liderar. Seu grupo político, outrora forte, se esfacela, e a responsabilidade por isso tem endereço certo.